Segundo Fritjof Capra, "redes sociais são redes de comunicação que envolvem a linguagem simbólica, os limites culturais e as relações de poder". São também consideradas como uma medida de política social que reconhece e incentiva a atuação das redes de solidariedade local no combate à pobreza e à exclusão social e na promoção do desenvolvimento local. As redes sociais são capazes de expressar idéias políticas e econômicas inovadoras com o surgimento de novos valores, pensamentos e atitudes. Esse segmento que proporciona a ampla informação a ser compartilhada por todos, sem canais reservados e fornecendo a formação de uma cultura de participação, é possível, graças ao desenvolvimento das tecnologias de comunicação e da informação, à globalização, à evolução da cidadania, à evolução do conhecimento científico sobre a vida etc. as redes unem os indivíduos organizando-os de forma igualitária e democrática e em relação aos objetivos que eles possuem em comum.
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Vertentes
As redes sociais podem ser divididas em três vertentes:- Rede Social Primária ou Informal: São redes de relações entre indivíduos , em decorrência de conexões pré-existentes, relações semiformalizadas que dão origem a quase grupos. (WARREN,op,cit,p. 168). Ela é formada por todas as relações que as pessoas estabelecem durante a vida cotidiana, que pode ser composta por familiares, vizinhos, amigos, colegas de trabalho, organizações etc. as redes de relacionamento começam na infância e contribuem para a formação das identidades.
- Rede Social Secundária ou Global: é formada por profissionais e funcionários de instituições públicas ou privadas, por organizações não-governamentais, organizações sociais etc., e fornecem atenção, orientação e informação.
- Rede Social Intermediária ou Rede Associativa: é formada por pessoas que receberam capacitação especializada, tendo como função a prevenção e apoio. Podem vir do setor da saúde, igreja e até da própria comunidade.
Estudos sobre Redes
O matemático Euler foi o responsável pelos primeiros passos da teoria das redes e foi o criador da teoria dos grafos. O grafo é um conjunto de nós, conectados por arestas que, em conjunto, formam uma rede. A partir de Euler, outros estudiosos se dedicaram a compreender os vários tipos de grafos e como se dava sua construção, ou seja, como seus nós se agrupavam.
No passado, as redes eram vistas como objetos estruturais, com propriedades fixadas no tempo. Os novos estudos mostraram que elas são, na verdade, elementos dinâmicos. Trouxeram a percepção da estrutura não como determinante, mas como mutante no tempo e no espaço, um caráter ubiquo. E para compreendê-las é preciso entender a dinâmica de sua construção e manutenção. Essas dinâmicas são dependentes das interações totais que abarcam uma rede (organização) e podem influenciar diretamente sua estrutura.
Na sociologia, a teoria dos grafos é uma das bases do estudo das redes sociais, ancorado na Análise Estrutural, proveniente das décadas de 60 e 70. A análise das redes sociais parte de duas grandes visões do objeto de estudo: as redes inteiras e as redes personalizadas. O primeiro aspecto é focado na relação estrutural da rede com o grupo social – as redes são assinaturas de identidade social, o padrão de relações do indivíduo está mapeando as preferências e as características dos próprios envolvidos na rede. O segundo aspecto diz que o papel social de um indivíduo poderia ser compreendido não apenas através dos grupos – redes – a que ele pertence, mas também através das posições que ele tem dentro dessas redes. A análise das redes sociais foca principalmente nos padrões de relações entre as pessoas e nos laços sociais. Numa rede social, as pessoas são os nós e as arestas são os laços sociais, gerados através da interação social.
Inicialmente, os sociólogos acreditavam que as unidades básicas dessas redes eram as díades – relações entre 2 pessoas –, e com isso as relações entre indivíduos se dariam de modo mais ou menos aleatório. As tríades representam 2 pessoas com um amigo em comum e que, portanto, têm mais chances de se conectar.
Nessa perspectiva, a análise estrutural das redes sociais procura focar na interação como primado fundamental do estabelecimento das relações entre os agentes humanos, que originarão as redes sociais.
Manuel Castells, em A Galáxia da Internet, também discute a realidade social e a virtualidade da internet. Para ele, os usos da internet são esmagadoramente instrumentais e estritamente ligados ao trabalho, família e à vida cotidiana. É uma extensão da vida como ela é, em todas as dimensões e sob todas as suas modalidades.
O papel mais importante da internet na estruturação de relações sociais, segundo Castells, é sua contribuição para o novo padrão de sociabilidade baseado no individualismo. O individualismo em rede é um padrão social, não um acúmulo de indivíduos isolados. O que ocorre é que antes indivíduos montam suas redes, on-line e off-line, com base em seus interesses, valores, afinidades e projetos. Por causa da flexibilidade e do poder de comunicação da internet, a interação social on-line desempenha crescente papel na organização social como um todo. Novos desenvolvimentos tecnológicos parecem aumentar as chances de o individualismo em rede se tornar a forma dominante de sociabilidade. O desenvolvimento projetado da internet sem fio amplia as chances da interconexão personalizada para uma ampla série de situações sociais, dando assim aos indivíduos maior capacidade de reconstruir estruturas de sociabilidade de baixo para cima.
Castells diz que essas tendências equivalem ao triunfo do indivíduo, embora os custos para a sociedade ainda sejam obscuros. A menos que consideremos que indivíduos estão de fato reconstruindo o padrão da interação social, com a ajuda de novos recursos tecnológicos, para criar uma nova sociedade: a sociedade em rede.
Modelos de Redes
Modelo de Redes Aleatórias: Alfred Rényi e Paul Erdös
Rényi e Erdös, matemáticos, foram responsáveis pelo modelo de "grafos aleatórios", que pretendia explicar como se formariam as redes sociais. Nesse modelo, os nós se conectariam aleatoriamente (por isso a formação dos grafos seria aleatória) e as redes seriam igualitárias, pois todos os nós que as formavam deveriam ter mais ou menos a mesma quantidade de conexões, e a mesma chance de receber novos links. Surge aqui o conceito de clusters: grupos de nós conectados.Exemplo: se houver uma conexão entre cada um dos convidados de uma festa, ao final dela, todos estariam conectados entre si. Ou seja, formariam uma rede. A festa seria um conjunto de clusters (grupos de pessoas) que estabelecem relação uns com os outros, formando a rede.
Modelo de Mundos Pequenos
Stanley Milgram: primeiro experimento para observar o grau de separação entre as pessoas: cartas enviadas aleatoriamente a vários indivíduos, pedindo que eles a enviassem a um alvo específico que, caso não conhecessem, deveria ser acionado através de outra pessoa. Conclusão: das cartas que chegaram ao alvo final, a maioria havia passado por um pequeno número de pessoas. Isso indicaria que essas pessoas estaria a poucos graus de separação umas das outras. Por isso a idéia de "mundo pequeno". Esse modelo pode ser especialmente aplicado às redes sociais: cada indivíduo tem amigos e conhecidos em todo o mundo, que por sua vez, conhecem outras pessoas. Assim, todos estaríamos "conectados", o que evidenciaria a existência de poucos graus de separação entre as pessoas no planeta.Mark Granovetter: criou os conceitos de laços fracos (weak ties) e de laços fortes (strong ties). Para ele, os laços fracos seriam muito mais importantes que os laços fortes na manutenção da rede social, pois conectariam pessoas de grupos sociais diversos, dando aos clusters características de rede. Conceitos como tempo de dedicação, similaridade, hierarquização espontânea e transitividade explicam a força do laços e a fragilidades deles.
Duncan Watts e Steven Strogatz: redes sociais apresentam padrões altamente conectados, tendendo a formar pequenas quantidades de conexões entre cada indivíduo. Modelo semelhante ao de Erdös e Rényi: laços estabelecidos entre pessoas próximas, mais os laços estabelecidos aleatoriamente entre alguns nós transformariam a rede num mundo. Assim, a distância média entre duas pessoas no mundo não ultrapassaria um número pequeno de outras pessoas, bastando que existisse entre os grupos alguns laços aleatórios.
Obs: Bastam poucos links entre vários clusters para formar um mundo pequeno formando a clusterização (redes com várias ligações).
Modelo das Redes sem Escalas
Criado por Barabási, esse modelo faz críticas aos modelos de Erdös e Rényi, e também ao de Watts. Discorda da concepção de que, nas redes sociais, as conexões entre nós (indivíduos) eram estabelecidas de modo aleatório. Para Barabási, há uma ordem na dinâmica de estruturação das redes. Para Barábasi, as redes não seriam igualitárias. Ao contrário, alguns nós seriam altamente conectados, enquanto outros teriam poucas conexões. Os nós ricos seriam os hubs ou conectores e tenderiam a receber sempre mais conexões. Barabási denominou esse tipo de rede de Rede sem Escalas (Scale Free).Lei de "rich get richer" (ricos ficam mais ricos): quanto mais conexões o indivíduo (nó) possui, maiores suas chances de conseguir novas conexões.
Redes Sociais na Internet
São as relações entre os indivíduos na comunicação mediada por computador. Esses sistemas funcionam através da interação social, buscando conectar pessoas e proporcionar sua comunicação. As pessoas levam em conta diversos fatores ao escolher conectar-se ou não a alguém. As organizações sociais geradas pela comunicação mediada por computador podem atuar também de forma a manter comunidades de suporte que, sem a mediação da máquina, não seriam possíveis porque são socialmente não-aceitas.O conceito de laço social passa pela idéia de interação social, sendo denominado laço relacional, em contraposição ao laço associativo, aquele relacionado unicamente ao pertencer (a algum lugar, por exemplo). Os laços associativos constituem-se em meras conexões formais, que independem de ato de vontade do indivíduo, bem como de custo e investimento. Os laços sociais também podem ser fortes e fracos. Laços fortes são aqueles que se caracterizam pela intimidade, pela proximidade e pela intencionalidade em criar e manter uma conexão entre duas pessoas. Os laços fracos, por outro lado, caracterizam-se por relações esparsas, que não traduzem proximidade e intimidade. As interações sociais que ocorrem na Internet (em weblogs, fotologs e no Orkut) constituem efetivamente laços fortes. Declarações de amor, amizade e suporte são freqüentes, demonstrando intimidade. Recebem também a definição de "Redes Sociais Virtuais", que são os agrupamentos, por meio de softwares específicos (aplicativos Web 2.0) que permitem a gravação de perfis, com dados e informações de caráter geral e específico, das mais diversas formas e tipos (textos, arquivos, imagens, fotos, vídeos, etc.), os quais podem ser acessados e visualizados por outras pessoas. Há também a formação de grupos por afinidade, com ou sem autorização, e de espaços específicos para discussões, debates e apresentação de temas variados (comunidades, com seus fóruns).
O mais recente estudo da Universal McCann revela um pormenor curioso: no domínio da Internet, os blogs estão a perder terreno no que respeita à partilha de informação e de conteúdos multimédia, que tem vindo a crescer progressivamente nas redes sociais. As redes sociais actualmente permitem aos utilizadores fazerem o mesmo que fariam num blogue e mais ainda. Estas plataformas continuam a crescer, enquanto outros elementos dos social media estagnam ou entram em declínio.
Orkut
Inicialmente, o Orkut parece demonstrar a existência de redes sociais amplas, com pequeno grau de separação de acordo com o modelo de Watts e Strogatz. Porém a maioria das distâncias se reduz pela presença de alguns indivíduos que são amigos de todo mundo. Estes seriam chamados de hubs, pessoas totalmente conectadas, com imenso número de amigos, que contribuem para a queda da distância entre os indivíduos no sistema. Mas nem todos são realmente amigos nesta rede. A maioria destas conexões pode ser falsa no sentido de que não apresenta nenhum tipo de interação social e, portanto, pode não demonstrar a existência de uma rede social. Ao final, torna-se simplesmente uma "coleção" de perfis. Deste modo, entra a questão: Se não existe interação como pressuposto para o estabelecimento dessas conexões, será que o sistema pode ser considerado uma rede social? Como um hub no Orkut representa um verdadeiro hub em um grupo social? Fica também a questão: as conexões do Orkut representam conexões sociais?
Para o sistema, essas pessoas representam grandes nós que conectam membros de vários grupos isolados. Porém, não há, nessas redes, a obrigatoriedade da interação. Logo, só funcionam como hubs no sistema do Orkut.
Comunidades Virtuais
Fernback e Thompson definem a comunidade virtual como "relação social, forjada no ciberespaço, através do contato repetido no interior de uma fronteira específica ou lugar (ex.: uma conferência ou chat) que é simbolicamente delineada por tópico de interesse". Os autores afirmam que o termo é mais indicativo de uma assembléia de pessoas sendo "virtualmente" uma comunidade do que de uma comunidade real. Eles concordam que o termo "comunidade" tem um significado dinâmico e acreditam que as comunidades virtuais possam ser a base para a formação de comunidades de interesses reais e duradouras. Este conceito traz um ponto potencialmente importante: eles afirmam que a comunidade possui um lugar que é "simbolicamente delineado". Ou seja, traz a necessidade de que a comunidade possua um "ponto de encontro", um "estabelecimento" virtual que seja "delineado", ainda que de modo simbólico (uma vez que o ciberespaço não possui fronteiras físicas).A comunidade virtual é um conceito aplicado numa tentativa de explicar os agrupamentos humanos surgidos no ciberespaço. Trata-se de um grupo de pessoas que estabelecem entre si relações sociais, que permaneçam um tempo suficiente para que elas possam constituir um corpo organizado, através da comunicação mediada por computador e associada a um virtual settlement. Apesar de semelhante, essa idéia difere dos clássicos, fundamentalmente, por dispensar o contato físico, que não é mais pré-requisito, mas apenas complemento do contato social.
E também seria possível discutir se a interação social estaria nas comunidades. Elas também podem ser hubs como a comunidade brasileira Me pega de jeito ou não me pega criada em 2005 , com 11.360 membros onde os usuários recebem o julgamento de pega de jeito ou não pega com participação de poucos membros até a presenta data. Apesar do grande número de participantes, não há uma interação ideal, onde todas ou a maioria das pessoas trocassem informações. Ou seja, a quantidade da interação não parece proporcional ao tamanho da comunidade. Muitas vezes, seu propósito é gerar um agrupamento momentâneo, no estilo em flash mob. Pessoas são convidadas a fazer parte da comunidade até que chegue a um determinado número de membros depois a comunidade é deletada e depois some totalmente do sistema. O Orkut possui hubs que se estabelecem a partir da ordem dos mais ricos. As comunidades cada vez ficam mais popular e se constituem redes sem escalas. Aí encontra-se o problema de Barabási para as redes sociais na Internet: seu modelo não pressupõe interação social para o estabelecimento das conexões.
Retorna-se novamente à questão dos hubs apresentada em Barabási. Para os hubs sociais seria impossível manter algum tipo de interação com um número imenso de conexões.
Ciclo de vida do membro das comunidades virtuais
O ciclo de vida do membro de comunidades online foi um conceito proposto por Amy Jo Kim (2000). O conceito diz que os membros de comunidades virtuais iniciam a sua vida na comunidade como visitantes (lurkers). Depois de ultrapassada a barreira inicial, as pessoas podem passar a ser novatas (novices) e participarem na vida da comunidade. Depois de contribuir durante um apreciável período de tempo, o membro torna-se num visitante regular (regulars). Sendo ultrapassada mais uma barreira podem tornar-se líderes (leaders), e assim que passe algum tempo sem contribuírem para a comunidade podem tornar-se em veteranos (elders). Este ciclo de vida pode ser aplicado a muitas comunidades virtuais, sendo as mais óbvias os fórums, mas também os blogs e comunidades wiki tal como a Wikipedia.Um modelo similar pode ser encontrado no trabalho de Lave e Wenger, que ilustram como os membros se incorporam nas comunidades utilizando os princípios da participação periférica. Os autores deste trabalho sugerem cinco tipos de trajectórias de aprendizagem numa comunidade:
1. Periférico (ex: Visitante) - Participação externa e não-estruturada. 2. Para o Interior (ex: Novato) – O recém-chegado investiu na comunidade e tem em vista a participação total. 3. De Dentro (ex: Visitante Regular) – Participante totalmente empenhado. 4. Na Fronteira (ex: Líder) – Um líder que tem a seu cargo a gestão dos membros e as suas interacções. 5. De Saída (ex: Veterano) – Processo de abandono da comunidade devido a novos relacionamentos, novos cargos, novos interesses, novos objectivos.A seguir é mostrado a correlação entre as trajectórias de aprendizagem e a participação numa comunidade Web 2.0.
Trajectória de aprendizagem - Participação em comunidade online
Exemplo - YouTube
Periférico (Lurker) – Observa a comunidade e o seu conteúdo. Não adiciona à comunidade conteúdo nem discussão. O utilizador visita ocasionalmente o YouTube.com para ver um vídeo que alguém aconselhou.
Para o Interior (Novice) – Início da participação na comunidade. Começa a fornecer conteúdo. Tentativa de interacção em algumas discussões. O utilizador comenta vídeos de outros membros. Potencialmente coloca um vídeo da sua autoria.
De Dentro (Regular) – Fornece à comunidade conteúdo e discussão de uma forma consistente. Interage com os outros membros. Regularmente coloca vídeos. Vídeos seus ou que encontrou. Realiza um esforço concertado para comentar e votar os vídeos dos outros membros.
Na Fronteira (Leader) – É reconhecido com um participante veterano. Contacta com os membros "De Dentro" para chagar a ideias conceptuais. A comunidade tem em grande consideração as suas ideias. O utilizador é reconhecido como um membro a estar atento. Possivelmente os seus vídeos são podcasts a comentar o estado do YouTube e a sua comunidade. O utilizador não considera ver vídeos de outros membros sem os comentar. Regularmente vai corrigir o comportamento de outro membro que considere inapropriado. Vai também referênciar vídeos de outros utilizadores nos seus cometários, como forma de relacionar conteúdo.
De Saída (Elder) – Deixa a comunidade por várias razões. Os seus interesses mudaram. A comunidade tomou um rumo com o qual ele não concorda. Falta de tempo. O utilizador tem agora um novo emprego que lhe retira demasiado tempo para manter uma presença constante na comunidade.
Comunidades Virtuais para Aprendizagem de Línguas
Existem redes sociais na Internet destinadas ao aprendizado de línguas estrangeiras, aproveitando a grande variedade de línguas nativas dos internautas. Exemplos deste tipo de serviço são as redes Busuu, Italki e Livemocha.Weblogs e Fotologs
Os weblogs e fotologs também estabelecem-se como redes sociais na medida em que também possuem lista de amigos. Nos weblogs o privilégio é para os textose nos fotologs a imagem é trabalhada. Nos fotologs e weblogs as dinâmicas das redes são observadas e estão sempre e transformação.Eles também podem ser hubs, na medida em que possui muitas conexões sociais entre as pessoas que ali interagem. No modelo reducionista de Barabási, as redes sem escalas trata todas as conexões de modo igual, sem diferenciar a qualidade desses links e suas consequências para estrutura social. O modelo de Watts também parece não deixar espaço para que se analise a qualidade das interações bem como o de Erdös e Rényi.Preocupados com a dinâmica e as propriedades estruturais das redes, todos parecem ter se esquecido que todas essas propriedades são intrinsecamente determinadas pelas interações em si, que geram ou destroem conexões. As redes nunca estão paradas no tempo e no espaço, elas estão sempre em transformação.
A comunicação mediada por computador, através dos weblogs e fotologs pode estar contribuindo para reduzir a distância entre as pessoas aumentando a clusterização entre os grupos, indo de acordo com o modelo de Watts e Strogatz. No entanto, todos os laços são iguais e possuem o mesmo peso para os autores. O modelo das análises das redes propostas por Erdös e Réyni, Watts e Strogatz e Barabási são insuficientes no sentido de perceber as complexidades de uma rede social na Internet.
Erdös e Rényi apresenta o modelo de rede aleatória porém se esquece que as relações entre os indivíduos mediada por computador não são aleatórias. Os laços sociais são mediados por diversos fatores e são estabelecidos sobre prismas muito específicos de interesses comuns a cada nó. O modelo de Watts e Strogatz mesmo apresentando uma construção importante, atenta para a clusterização o valor das pequenas conexões entre grupos para a geração de mundo pequenos não leva em consideração pontos fundamentais como: a motivação dessas conexões, que nem sempre são feitas de modo aleatório e podem abarcar visibilidade. No caso dos weblogs e fotologs, eles tem interesses em comum, no sentido de formar comunidades ou estabelecer relações sociais; interesses sexuais ou mesmo de sedução e etc. O modelo de Barabási, o mais mecanicista, traz um importante insight.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Redes_sociais