Na quarta, servidor redirecionou tráfego para firewall chinês.
Administrador chileno diz que problema foi resolvido no dia seguinte.
Internautas chilenos e de algumas partes dos Estados Unidos tiveram problemas para acessar sites como o Facebook, Twitter e YouTube entre quarta (24) e quinta-feira (25) por conta de uma falha que redirecionou o tráfego da internet para servidores chineses.
Na China, o acesso a esses serviços é bloqueado pelo chamado "Escudo Dourado", firewall que controla o tráfego de informações no país. Esse bloqueio voltou a ser destaque com a decisão do Google de não censurar mais resultados de busca no país, divulgada na segunda-feira. Com a falha no redirecionamento do tráfego, no entanto, as regras da censura chinesa acabaram afetando internautas de outros países.
O erro de acesso aos sites foi descoberto pelo administrador de redes Mauricio Ereche, funcionário do NIC Chile, órgão responsável pela administração da rede no país. Confira a mensagem original.
Segundo Ereche, pelo menos um provedor de internet no Chile teve seu tráfego redirecionado para a China. O redirecionamento foi feito por um servidor de DNS que opera fora do território chinês, pela empresa sueca Netnod.
Os servidores de DNS - sigla em inglês para sistema de nomes de domínios - funcionam como um "mapa" da internet: quando o usuário pede para acessar o site 'www.globo.com', por exemplo, o servidor 'traduz' o comando em um código numérico chamado endereço IP. Sem o DNS, o internauta não consegue, ao digitar o endereço, ser encaminhado para o site que está tentando acessar.
Ereche afirma que percebeu que ao tentar acessar sites como Facebook, YouTube e Twitter, todos censurados na China, ele foi redirecionado para outros endereços. Ao verificar o DNS, ele percebeu que o problema vinha de um servidor do governo chinês.
Protocolo
O administrador e especialistas em redes não sabem como o problema ocorre e o quão amplo ele é. Ereche, no entanto, diz que testou o acesso aos endereços de dois pontos de acesso no Chile em um no estado da Califórnia, nos EUA.
Os três apresentaram problemas. Na quinta-feira (25), o administrador chileno disse que o problema parou de ocorrer e que os sites não estavam mais sendo direcionados para a China.
Uma das possibilidades é de que tenha acontecido um erro no chamado "Border Gateway Protocol", sistema que cuida da rota das informações na internet. O chefe de segurança da Arbor Networks, Danny McPherson, disse ao site IDG que não acredita que o problema tenha sido intencional. “Este é um exemplo de como é fácil a rota informação ser contaminada, corrompida ou vazada além das fronteiras dos países onde elas possuem censura”.
O CEO do provedor sueco Netnod, Kurt Erik Lindqvist, afirmou que sua empresa não está hospedando as rotas “contaminadas” nos seus servidores, e que isto pode ter ocorrido por conta de mudanças realizadas nas máquinas da rede chinesa.
Caso Google
Na segunda-feira (22), após mais de dois meses de embates com o governo chinês, o Google decidiu não mais censurar ativamente o conteúdo buscado por usuários da China (Veja vídeo ao lado). Pela manobra implementada por sua unidade dos EUA, os chineses que buscam o endereço “Google.cn” são redirecionados para “Google.com.hk”, a página da companhia em Hong Kong.
Pelo acordo firmado à época da incorporação de Hong Kong à China, em 1997, o tráfego de internet na antiga colônia britânica é livre da interferência do governo chinês. Mas assim que o Google passou a redirecionar quem buscava o site chinês para a página de Hong Kong, o governo reforçou o "Escudo Dourado", censurando resultados com conteúdo considerado impróprio pelo regime.
O acesso a certos sites proibidos na China, como os vinculados ao Tibete, permaneceram bloqueados. Também não era possível ver imagens do massacre da Praça da Paz Celestial, em 1989.
Fonte:
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1546561-6174,00-FALHA+NA+REDE+IMPOE+BLOQUEIO+E+CENSURA+CHINESA+A+INTERNAUTAS+DOS+EUA+E+CHIL.html
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